Amor
Valentina insiste, insiste e nada. Procura há dias ter noticias do filho, acolhido num lar que não é o seu.
Cambalhota desde nascença. Vida sovada, sofrida, tramada. No meio das cambalhotas da vida, o seu filho foi levado.
Valentina insiste, insiste e nada. Reergue, há meses, a sua casa de porcelana rachada, dorida, quebrada. Repara, refaz, reveste e aquece as paredes e o chão a que o seu filho irá, um dia, regressar. Acredita ela.
Valentina insiste, insiste e nada. Apertada, frágil, refém, insiste, insiste e nada.
Valentina resiste. Pousa o telefone, embala o coração, e assiste à aula de História do seu filho pela televisão.
Margarida Bruto da Costa
Cambalhota desde nascença. Vida sovada, sofrida, tramada. No meio das cambalhotas da vida, o seu filho foi levado.
Valentina insiste, insiste e nada. Reergue, há meses, a sua casa de porcelana rachada, dorida, quebrada. Repara, refaz, reveste e aquece as paredes e o chão a que o seu filho irá, um dia, regressar. Acredita ela.
Valentina insiste, insiste e nada. Apertada, frágil, refém, insiste, insiste e nada.
Valentina resiste. Pousa o telefone, embala o coração, e assiste à aula de História do seu filho pela televisão.
Margarida Bruto da Costa
Sentido.Gostei!
ResponderEliminarEstá forte. Gostei muito!
ResponderEliminar