Mensagens

Em Destaque!

Textos Vencedores | 1º lugar | Alexandre Severo

 MICROCONTO Dançaram toda a noite como borboletas noturnas. Perguntou-lhe como se sentia. Ela sussurrou-lhe ao ouvido “morta, mas feliz” e desapareceu. ENTRADA NO DICIONÁRIO efemeralgia efemeralgia | n. f. e.fe.me.ral.gi.a (Do grego ephemerós, «que dura um dia» + algos, «dor») nome feminino 1. Sentimento de tristeza serena ou nostalgia gentil causado pela contemplação de um breve e fugaz momento de beleza transcendente e efémera e pela consciência simultânea de que é esse carácter transitório e mortal do objeto observado aquilo que lhe concede uma beleza imortal. 2. Estado melancólico causado especificamente pela observação de fenómenos passageiros e em estado terminal como um arco-íris prestes a desvanecer-se, os últimos minutos do último pôr do sol do verão, o derradeiro desabrochar das flores das cerejeiras na primavera, ou um balão vermelho frágil à deriva em céus cinzentos. 3. Consciência aguda da transitoriedade e brevidade dos objetos e fenómenos do quotidiano. CARTA Camarada, C

Textos Vencedores | 2º Lugar | Valerius Maximus

 MICROCONTO Mãe  chegou  bem  STOP  malas  extraviadas  STOP  em  que  mala  vinha  mano  STOP  polícia faz  perguntas  STOP  beijos  pai  STOP ENTRADA NO DICIONÁRIO mu-rosanima (Do japonês kabe (muro) e seishin (espírito)) Sem género definido - Expressão usada no Xintoísmo e no Budismo, para designar a manifestação sobrenatural das almas das crianças mortas nos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, e cujo espírito ficou gravado nas paredes e nos muros como resultado da temperatura da explosão. Todos os anos, os avistamentos multiplicam-se naquela efeméride, e a tradição de as representar em muros e paredes perdura até hoje no Japão.   * A não confundir com Hibakusha (被爆者 vítima de bomba), literalmente ""pessoas afetadas pela explosão"", a expressão japonesa usada para os sobreviventes" CARTA Ex.mo Senhor proprietário da Casa do Outeiro Casa do Outeiro Avenida Saboia, Monte Estoril Portugal Lisboa, 20 de setembro 2020 Ex.mo Senhor O meu nome é Justino e tome

Textos Vencedores | 3º Lugar | Clara SL

 MICROCONTO — Os meus sapatos? — Deitei-os fora. — Porquê?! — Porque tens meias desirmanadas. Mostra! — Não gostas? — São fantásticas… diferentes, únicas e belas! Adoro-as! ENTRADA NO DICIONÁRIO antiesperançalgia  n. f. an-ti-es-pe-ran-çal-gi-a Diz-se de gestos ou palavras que previnem, atenuam e/ou cessam uma dor na esperança. CARTA Não nos vemos há 20 anos e, acredites ou não, estou agora mais nova do que quanto te conheci. Abracei a vida! Voltei a andar de baloiço e a querer ver o mundo de pernas para o ar. Voltei a usar salto alto, a sentir a pele a arrepiar-se com o toque de um beijo e a ter a ousadia de regressar a casa depois da meia-noite. Voltei a olhar as estrelas e a deixar que o vento se entrelaçasse no meu corpo. Voltei a sentir-me desperta e a saborear o caminho como se nunca o tivesse visto antes. Por isso, quando me vieres visitar, não te deixes enganar pelas rugas que me marcam o rosto, pelas artroses que conferem formas bizarras aos meus dedos ou pela cor platina dos

TOP 10 | Carta Poema | Benedita Koenders

 "Lisboa, 19 de Março de 2022   Filha,  Hoje, é dia do Pai e acordei a pensar em ti.  Que te dizer passados vinte anos desde o nosso último encontro?  Tantos encontros e desencontros. Cumplicidade perdida. Silêncio denso e espesso. As palavras nunca serão suficientes para te dizer o que sinto.   Neste momento, velho e cansado, quero um abraço teu.   Quero ficar sentado contigo num banco de jardim e permitir que a poeira dos anos que nos afastou se dissipe nas nuvens do céu para nunca mais voltar.   Quero através de um singelo olhar recuperar o tempo perdido.   Mas como recuperar algo que se perdeu? Dúvidas de velho que sente o tempo a escorregar-lhe pelas mãos...   Hoje, mais uma vez, vou estar sentado no banco do “nosso” jardim e desejar que os nossos olhares se cruzem. Vou desejar que haja apenas um encontro e que o silêncio dê lugar a uma cumplicidade que nos envolva num terno abraço há muito adiado.  Teu Pai   "

Top 10 | Carta Poema | Tiago Oliveirinha

 "Tu lá atrás, Vinte anos se cumpriram do tempo que éramos um. Bem sei, ficarias desapontado por incumprir os teus sonhos, mas a maldita culpa, também é Tua. Se algo não consegui alcançar, és tão cobarde quanto eu. Pois, se me deixei dormitar, quem se esqueceu de dançar? Agora, já chega, desta eterna contemplação. Vou-me despedir, e buscar o que é verdadeiramente meu. Até nunca, Presente"

TOP 10 | Carta Poema | Suzete Sá

 "Lisboa, 19 de março de 2022 Pai, Hoje faço vinte anos e escrevo-te, porque nunca te vi. Uns contam-me histórias em que és um herói e outras onde és um vilão, mas eu nunca aninhei a minha cabeça no teu peito, nunca as minhas mãos se arrumaram dentro das tuas, nunca o teu sorriso acalmou as minhas tempestades e mesmo assim é só para ti que hoje escrevo esta carta. Pessoalmente, prefiro as histórias em que és um herói. Todos precisamos de superpoderes no percurso dos dias e saber que há um pai algures capaz de sobrevoar abismos com um filho ao colo, faz-me adormecer em parapeitos virados para o sonho.  Mas há enredos que surgem em que tu és o vilão. Então desejo entender as tuas revoltas, suponho conflitos, que não conheço, e desejo ser eu a razão das tuas futuras escolhas. Passaram vinte anos, e eu nunca te vi, mas tenho reservado no peito um lugar que só pode ser para ti. De coração  O teu filho "

Top 10 | Carta Poema | Margarida Peixoto

 Amanhece, as cores do meu quarto permanecem imóveis, tal como as deixaste naquela tarde solarenga de inverno. Olho pela janela, na esperança de te conseguir ver, mas sei, perfeitamente, que a tua sombra já não habita o meu jardim. Levanto-me, procuro, nestes impiedosos corredores, pela memória que aconchega a minha rotineira vida. Sento-me, bebo, com o meu habitual vagar, um gole de café e deixo de lado as lembranças que insistem em preencher a alma de quem não te consegue ver e o estômago de quem se alimenta do vazio que deixaste.  Levanto-me, outra vez, na esperança de teres encontrado a chave que perdeste quando me abandonaste e de, eventualmente, teres voltado a encontrar o caminho até à casa que outrora foi tua. Saio, deixo para trás a chave. Não consigo voltar a ver o bege da parede que testemunhou o desajeitado encontro da minha alma com a tua.  Saio porque não quero voltar a lembrar-me de ti. Saio porque não é possível viver agarrada à sensação de ser pela metade.  Saio porque

TOP 10 | Carta Poema | Manuela Henriques

 "Eva, Desejo que estejas bem. Ao começares a ler esta carta, pára. Pára e salta já para o fim! O fim é sempre a melhor parte. Pelo meio ficaram vinte anos. Vinte anos de manhãs assombradas, tardes murchas e noites de cinzel, a dar forma ao grito, atrás da janela, aquela que permite ver tudo o que couber num livro em branco. Não sei se um de nós é livro, nem qual de nós é tinta. Somos matérias de uma história que teve o seu início.  Pelo meio ficou a tragédia.  “Voltarei quando sobrar apenas a poeira cósmica da minha existência.” Disseste e confesso ter sido quase divino imaginar-te um pó cintilante, asas infinitas de azul celeste e, ainda assim, sentir os teus braços, quase poesia a envolver-me, a fazer tombar as minhas dores. Quase... Pelo meio aprendi que algumas felicidades doem a conquistar. O fim, Eva, o fim é inquestionável!  A macieira está velha e só tem uma maçã. Em breve cairá, mas se tu quiseres poderá ainda acontecer um perdurável recomeço.  Sempre teu  Adão"

TOP 10 | Carta Poema | Paulo Oliveira

  "Adeus, para sempre Aproximam-se duas décadas desde que parti Tu ficaste para trás e nunca mais te vi Tu ficaste presa na tua Timor livre Eu fiquei agarrado ao que não tive. Não mais te tive, Madalena Mas não há um dia que não pense em ti Vivo ainda na pena Daquilo que perdi Era jovem e inconsciente, eu sei O que me tirou de ti não foi vontade mas lei Sei que não posso recuar no tempo Mas contínuas no meu pensamento Estas são as minhas palavras definitivas As palavras que espero que leias A doença está preste a levar-me das pessoas vivas E quero ter a certeza de que por mim não mais anseias. "

TOP 10 | Carta Poema | Helena Campos

 "Minha irmã, Iluminavas as manhãs com a tua chegada. Trazias as flores de uma esperança renovada e as palavras certas para assentar a minha alma. Diluías no teu riso claro as ínfimas imprecisões do meu inquieto raciocino.  Um dia, há 20 anos, tiveste de partir numa longa viagem, um périplo pelo mundo, de onde me telefonavas ou escrevias, às vezes em longas torrentes de verbos fluidos, outras em curtas notas impressivas.  Ias regressar em breve e finalmente nos reencontraríamos. Ontem, houve um acidente, vinha no jornal. Ontem, numa escura manhã desesperançada, soube que partiste sem retorno.  "

TOP 10 | Carta Poema | Clara SL

 Não nos vemos há 20 anos e, acredites ou não, estou agora mais nova do que quanto te conheci. Abracei a vida! Voltei a andar de baloiço e a querer ver o mundo de pernas para o ar. Voltei a usar salto alto, a sentir a pele a arrepiar-se com o toque de um beijo e a ter a ousadia de regressar a casa depois da meia-noite. Voltei a olhar as estrelas e a deixar que o vento se entrelaçasse no meu corpo. Voltei a sentir-me desperta e a saborear o caminho como se nunca o tivesse visto antes. Por isso, quando me vieres visitar, não te deixes enganar pelas rugas que me marcam o rosto, pelas artroses que conferem formas bizarras aos meus dedos ou pela cor platina dos meus cabelos. Não ligues aos tubos que me ajudam a respirar. São apenas marcas do tempo. Detalhes sem importância! Sou feliz e livre… dentro de mim! Despeço-me. Vem quando quiseres. Não me posso demorar. Esperam-me para dançar um tango!

Top 10 | Carta Poema | Carlos Rodrigues

 Mãe, Estou a escrever-te de Madrid para onde vim com um amigo. Passaram vinte anos e nunca pensei que fosse possível sair de perto de ti. Mas a minha dor era imensa, e tu sabias. Chegou a altura de te escrever …  não tenho coragem para falar contigo. Espero que tenhas uma vida melhor desde que eu saí daí.  Não sei se continuas a viver com o meu pai (espero que não).  Eu sempre achei que vocês iam acabar separados, só nunca percebi porque ainda não o tinham feito. Ainda cheguei a pensar que era por minha causa,  mas rapidamente percebi que não.  O meu pai nunca quis saber de mim,  se eu de facto existia, se estava vivo ou morto. E tu, de quem eu gostei sempre,  sofrias em silêncio  a cada vez que se abria a porta e era o meu pai que chegava sabe-se lá de onde. Eram tão raras as noites em que não te ouvia gritar, quando o meu pai te batia e era tanto e com tanta força, que te ouvia cair no chão e aí o meu pai parava de te bater.  Eu odiava-o cada dia mais.  Já não falávamos um com o out

TOP 10 | Cartas Poema | Alexandre Severo

  "Camarada,   Começo esta carta de uma forma que te vai agradar sobejamente: a dizer-te que tinhas toda a razão.   Estou mesmo a transformar-me num cinzeiro para cigarros humano. Num daqueles velhos que dedicaram com toda a diligência e seriedade décadas inteiras a trabalhar - e só a trabalhar - e que agora não são mais que o produto de uma metamorfose, pobres criaturas-sofá, cujo conceito existencial e ontológico é a calvície e a picagem do ponto. Sou alguém reduzido à condição de IRS modelo 3, Anexo A trabalhador por conta de outrem - mas, bom, ao menos tenho todos os confortos que se pode exigir a uma mansa vida de classe média.   Na última segunda-feira fui almoçar à cantina da repartição. E deixa-me dizer-te: há qualquer coisa de bexigoso, de sol macilento, de paracetamol genérico, de tinta descarnada, de valdispert, de perturbações nervosas ligeiras, de pontos seborreicos no nariz em ir almoçar ao refeitório de uma repartição das finanças. Um cheiro a decadência

TOP 10 ! Entradas no Dicionário (de palavras inventadas)

Efemeralgia efemeralgia | n. f. e.fe.me.ral.gi.a (Do grego ephemerós, «que dura um dia» + algos, «dor») nome feminino 1. Sentimento de tristeza serena ou nostalgia gentil causado pela contemplação de um breve e fugaz momento de beleza transcendente e efémera e pela consciência simultânea de que é esse carácter transitório e mortal do objeto observado aquilo que lhe concede uma beleza imortal. 2. Estado melancólico causado especificamente pela observação de fenómenos passageiros e em estado terminal como um arco-íris prestes a desvanecer-se, os últimos minutos do último pôr do sol do verão, o derradeiro desabrochar das flores das cerejeiras na primavera, ou um balão vermelho frágil à deriva em céus cinzentos. 3. Consciência aguda da transitoriedade e brevidade dos objetos e fenómenos do quotidiano.   Alexandre Severo     Voaredo   Aquele que voa abraçando o medo. Aurora Santos   Fatumologia Fatumologia | fatum- + -logia nome feminino 1. Ciência que estuda as

TOP 10 | Microcontos

Aqui ficam os dez textos vencedores do desafio do Microconto, sem nenhuma ordem em particuar. Boa leituras! Mãe chegou bem STOP malas extraviadas STOP   em que mala vinha mano STOP polícia faz perguntas STOP beijos pai STOP Valerius Maximus Um pássaro feito de tinta pousa no pincel a descansar, o infinito branco a sua frente , na esperança do céu, mas o que veio foi o mar.    Patrícia Serafim Um tentáculo escamoso submerge nas águas escuras, deixando atrás um rasto borbulhante.   Na margem uma cana de pesca oscila ainda.  Nuno Morais    As tuas palavras desabotoaram os meus olhos.  Um rio transbordou deles e a minha metade do nosso amor afogou-se.  Amanheceu.  Manuela Henriques Já tinha a barriga cheia de gelados e estava ansioso por desarrumar o cheiro a novo dos livros da escola. Inês Ângelo — Os meus sapatos?  — Deitei-os fora.  — Porquê?!  — Porque tens meias desirmanadas. Mostra!  — Não gostas?  — São fantásticas… diferentes, únicas e belas! Adoro-as

NOVO TORNEIO a caminho!

Imagem

Entrevista - Isabel Olivença, Autora

A Isabel faz parte do maravilhoso grupo de escritores do torneio de Outono de 2020. Como já tem livros publicados, acedeu a partilhar a sua experiência numa pequena entrevista por escrito. Muito obrigada, Isabel! Fale-nos um pouco sobre o seu livro, por favor!  “ De carne se faz o poema ”, livro de poesia editado pela Nova Mymosa, em outubro de 2020. Tem a dimensão de um pequeno caderno  moleskine , formato que parece induzir cada leitor a tirar notas, sublinhar, escrever os seus desentendimentos ou entusiasmos com os poemas impressos, que são 18. Estes poemas criados entre 2018 e 2019 foram seleccionados depois de trabalhados numa oficina de poesia com o Professor Luís Carmelo. Invertendo o sentido do título, pode-se dizer que «da palavra se faz carne», colocando-nos perante o que nos inquieta – oposição ao conformismo – numa tentativa de diálogo com o real, descendo à rua ou ruas e, no entanto, sabendo que a subjectividade do mundo e a sua representação é tarefa árdua.   meia-laranja

Entrevista: Marta Velha, Autora

 A Marta faz parte do maravilhoso grupo de escritores do torneio de Outono de 2020. Como já tem livros publicados, acedeu a partilhar a sua experiência numa pequena entrevista por escrito. Muito obrigada, Marta! Cá vai ela: Fale-nos um pouco sobre o seu livro, por favor!  Tenho 5 bebés (como eu carinhosamente lhes chamo).   'A Mensagem', editado em 2013 é um romance.    'Paixão Alucinante', de 2014, romance.   'Amor de Deus', 2015 (Bubok), romance. Este  livro foi o que mais 'trabalho' me deu a escrever. Tudo porque 'cismei' que cada capítulo teria que começar com um versículo da bíblia e depois todo o capítulo teria que 'andar em roda' desse mesmo versículo! Ainda bem que existe a bíblia on-line pois assim ia pesquisando palavras chave que pretendia e assim consegui o resultado final que tanto me animou!   'Faltam-me as palavras' 2017, romance.    'E tudo o mar levou' 2019, romance. Baseado em fatos reais acontecidos em 1

Desafios: ir mais longe!

Imagem
Partilhamos os desafios da Gata Cristina, que se propôs a um desafio maior: unir todos os desafios, escrevendo sempre cada desafio em linha com os anteriores. Aqui fica o resultado final. Parabéns pela criatividade! Desafio 1, A Gata Cristina   Caríssimos herdeiros,    Se estão a ler esta carta é porque já não estou neste mundo ou, por outras palavras, quinei.  Pedi ao meu querido advogado, a quem agradeçam uma avultada dedução à fortuna, que lesse o que vos deixei:  À querida Francisca as faturas dos colégios da tua limitada filha; ao Maroto Gustavo as notas de divida das apostas; ao irreverente Alberto as faturas dos carros destruídos; à doce Sofia as faturas das clínicas de reabilitação.  ………  Depois da pausa sádica (como adorava ver as vossas caras!), vamos ao que interessa: deixei quatro testamentos, cada um a favorecer  um de vocês, escondido um em cada propriedade. Vigorará apenas o  primeiro a ser encontrado.    Adeus meus queridos, boa caçada,    Gustavo Albuquerque     Desafi

Galeria de Vencedores

  Bem Vindo à galeria dos 5 vencedores do  Grande Torneio de Escrita Criativa Nextart,  Edição de Outono 2020 Foi pedido a cada um que organizasse a sua prestação num documento único, para facilitar a partilha, podendo acrescentar algum enquadramento que achassem oportuno. Para ver o trabalho de cada um, basta clicar nos nomes (organizados por ordem alfabética). Boas leituras! Bruno Andrade Frelsih Margarida Baptista Margarida Pacheco Nunes Leonor Lagos