Árvore


Sob a frondosa copa, Óscar dormia. Moldava o corpo magro entre as raízes, aninhava-se, pousava o olhar cansado. De mil folhas soltas fizera uma cama macia. Respirava fundo, de quando em vez, embalado pelos galhos percussivos que rangiam ao sabor da brisa. Lá em baixo, a cidade ainda ardia de medo.


Catarina Coelho

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