Eu - Inês Istente
Eu reconheço-me melhor
numa folha de papel
do que num espelho limpo.
Procuro tecer palavras
e ouvir os gritos do meu silêncio,
na esperança de transcender
esse eu do espelho.
Na escrita,
descubro dimensões de mim
que a minha boca desconhece.
Deparo-me com uma alma
que não cabe em tão pequeno
e tão frágil corpo.
Este eu que escreve,
é o mais próximo de mim
e quando o encontro,
a plenitude toca-me à porta.
Um dia,
terei coragem de a abrir,
mas não serei eu.
numa folha de papel
do que num espelho limpo.
Procuro tecer palavras
e ouvir os gritos do meu silêncio,
na esperança de transcender
esse eu do espelho.
Na escrita,
descubro dimensões de mim
que a minha boca desconhece.
Deparo-me com uma alma
que não cabe em tão pequeno
e tão frágil corpo.
Este eu que escreve,
é o mais próximo de mim
e quando o encontro,
a plenitude toca-me à porta.
Um dia,
terei coragem de a abrir,
mas não serei eu.
Inês
Istente
Escreva, escreva ...
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