Livros

Eram aos milhares, de todos os tamanhos e cores. Sofia não se cansava de olhar para eles. Todos os dias, pouco depois de jantar, sentava-se na pequena poltrona verde em frente à lareira e ficava a admirá-los.

Às vezes sentia o chamamento vindo das prateleiras de carvalho construídas pelo seu pai e cedia à tentação de retirar um, de sentir a rugosidade das suas capas, de inalar o odor a páginas acabadas de imprimir ou o cheiro de páginas antigas que contavam mil e uma histórias.

Olhar para eles lembravam-lhe outros tempos distantes, quando era criança, em que as histórias eram a sua única companhia e os personagens os seus melhores amigos.

Hoje, já adulta, não dispensava o prazer deste momento só seu. E, por isso mesmo, pegou num e mergulhou na sua história.

Paulo Ferreira

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