Sem A - Ana Catarina Baptista
Sempre ousei ser livre e ter o poder de escolher o meu rumo. Nem sempre correu bem. Depois de seguir um rumo impossível e doloroso, desisti. De mente dormente, voltei como volto sempre que me perco e me dececiono. Impelido pelo vento forte, cheguei num inverno triste e sem sol, em que o frio rigoroso nos entorpece o cérebro. Ouvi o toque do velho sino no cimo do monte onde sempre vivi. Os meus ouvidos, corrompidos pelo tempo, somente reconhecem sons de perigo que ensurdecem tudo. Tenho medo. Questiono-me se merecerei ser feliz... Porque descobri que livre, eu sempre fui.
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